Os bispos, presidentes de ramo e presidentes de estaca, devem ligar para o telefone de ajuda eclesiástica da Igreja toda vez que souberem de um abuso para que recebam auxílio ao ajudar as vítimas e atendam aos requisitos do relato. A ajuda fornecida pode orientar os esforços do conselho da ala em ajudar as vítimas de abuso.
Devido ao trauma do abuso, as vítimas podem ser afetadas física, espiritual, mental e emocionalmente. Como líder, você pode ter perguntas sobre como ajudar.
Aumentar seu conhecimento e compreensão dos impactos do abuso vai capacitá-lo a ajudar, ministrar e fornecer orientação e apoio espiritual de modo eficaz.
As vítimas de abuso podem pensar, sentir e se comportar de modo diferente do que faziam antes de serem maltratadas. Em seu desejo de ajudar as vítimas, busque informações para agir com sensibilidade. (Ver “Como posso ajudar alguém que sofreu abuso?” para mais informações sobre como fornecer apoio).
Seja sensível aos seguintes aspectos ao trabalhar com esses membros:
O abuso abala a confiança, mesmo para com aqueles em quem a vítima tende a mais confiar, inclusive familiares, amigos, líderes da Igreja e Deus. Mesmo que as vítimas venham a você em busca de apoio, isso talvez não signifique que haja um relacionamento de confiança. As vítimas podem estar buscando pessoas em quem elas esperam confiar.
É comum que as vítimas de abuso compartilhem apenas partes de sua experiência (ver “O que faço se estiver com dificuldades para confiar nas pessoas?”). Você pode precisar passar mais tempo edificando um relacionamento de confiança e restabelecendo a segurança, além de outras preocupações.
O que você pode fazer:
Procure reagir com amor.
Acredite na experiência da vítima.
Esteja aberto para ouvir e seja sincero.
Pergunte à pessoa com frequência durante sua(s) conversa(s) o que você pode fazer para ajudá-la a se sentir segura (por exemplo, pergunte se ela gostaria que alguém a acompanhasse, permita que a pessoa que sofreu abuso escolha quando e onde vocês devem se reunir e procure avaliar se ela está à vontade com os tópicos que estão sendo debatidos)
Explique seus pensamentos e ações com clareza e incentive a vítima a fazer perguntas se houver algo que ela não entendeu.
Tenha cuidado com suas palavras. Dizer coisas como “deixe para lá” ou “é hora de seguir em frente”, pode fazer com que a pessoa sinta que você não se importa ou que você acha que ela está exagerando (ver “Emoções, pensamentos e comportamentos comumente vivenciados por vítimas de abuso sexual”).
Seja consistente em suas interações.
Faça o que você disse que iria fazer.
O abuso geralmente é destrutivo para a fé da vítima. A maioria das vítimas se sente abandonada por Deus e se pergunta por que Ele não as protegeu ou impediu o abuso. Muitas vezes, elas se culpam incorretamente pelo abuso. A maioria das vítimas questiona seu próprio valor. Algumas podem se concentrar em ser exageradamente religiosas para compensar seus sentimentos de indignidade pessoal. Outras podem perder a esperança e a luta com a própria fé ou podem se afastar das atividades espirituais.
Como você pode ajudar:
Reconheça as crenças pessoais das vítimas sobre seu valor e sua dignidade.
Ensine com sensibilidade os princípios do evangelho de valor e dignidade.
Enfatize o amor de nosso Pai Celestial e do Salvador por elas.
Reafirme às vítimas que o abuso não foi culpa delas (ver “E se eu achar que sou culpado pelo abuso?” e “Ainda tenho valor?”).
As vítimas podem erroneamente acreditar que o abuso foi uma provação dada pelo Pai Celestial para que pudessem aprender algo. Pode ser que lhes tenham dito que sofrer o abuso era necessário para seu crescimento ou que fazia parte do plano para sua vida. Essa é uma doutrina falsa; o Senhor não é o autor ou a fonte de atrocidades na vida de Seus filhos (ver Tiago 1:13, 17; 2 Néfi 26:24; Ômni 1:25; Alma 5:40; Morôni 7:12). Essa ideia falsa pode fazer com que as vítimas procurem algo de positivo em sua situação e tentem ignorar a própria dor. Também pode fazer com que pensem que Deus quer que sofram.
O que você pode fazer:
Evite dizer às vítimas que Deus lhes deu essa provação para que pudessem aprender algo ou que era algo com o qual concordaram na vida pré-mortal.
Ajude-as a entender que o abuso foi resultado direto de outra pessoa escolher usar mal o arbítrio.
Ensine às vítimas que Deus as ama e que “[a]queles que confiarem em Deus serão auxiliados em suas tribulações e em suas dificuldades e em suas aflições; e serão elevados no último dia” (Alma 36:3).
As vítimas geralmente se sentem pressionadas a perdoar o ofensor antes de estarem prontas para isso. Se lhes for dito que perdoem prematuramente, podem acreditar que a necessidade de perdão do ofensor é maior do que a sua própria necessidade de cura. À medida que as vítimas se curam, a capacidade de perdoar virá.
O que você pode fazer:
Ajude a vítima a se concentrar em sua própria cura.
Ajude a vítima a ser paciente com seu próprio desejo de perdoar. Evite estabelecer um prazo para a cura e o perdão. Ouça a vítima para entender quando ela está pronta para obter ajuda no processo de perdoar. Os passos de cura tornarão possível o perdão (ver “Posso ser curado do abuso?” e “Será que é possível perdoar?”).
Ajude aqueles que sofreram abuso a confiar na lei suprema de justiça do Senhor na vida do ofensor.
As vítimas podem fazer escolhas prejudiciais como uma maneira de lidar com o trauma ou a dor do abuso. Podem, por exemplo, tentar entorpecer a dor e o trauma usando álcool ou drogas. Podem ter dificuldade para perdoar a si mesmos por essas escolhas.
O que você pode fazer:
Lembrá-las de que são amadas.
Permita que discutam as coisas para as quais acreditam que precisam de perdão ou de que precisam se arrepender.
Sem compactuar com seu comportamento nocivo, debata com compaixão com a vítima suas ações e as maneiras pelas quais essas ações foram usadas para lidar com o trauma do abuso.
Assegure-lhes sobre a misericórdia e o amor do Salvador.
Assegure-lhes sobre seus sentimentos positivos e inalterados a respeito delas.
Ajude-as em seu caminho para o perdão próprio.
Incentive-as a entender que o bispo pode ajudá-las a saber do que precisa e do que não precisa se arrepender.
Muitas vítimas de abuso são sensíveis ao espaço ao seu redor. Geralmente não se sentem à vontade com contato físico. Quando lhes é perguntado se não há problema em abraçá-las, geralmente dizem sim, quando realmente querem dizer não.
O que você pode fazer:
Ajude as vítimas respeitando seu espaço pessoal.
Permita que a vítima converse sobre o toque físico com o qual se sente à vontade (se não quer ser tocada, nem apertar a mão ou ser abraçada). Deixe que iniciem essa conversa ou podem se sentir desnecessariamente pressionadas a responder
Lembre-se de que as vítimas muitas vezes colocam de lado seu próprio conforto físico para agradar aos outros.
O trauma do abuso faz com que as vítimas sejam vulneráveis a gatilhos, que são lembretes do que aconteceu. Os gatilhos podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento. O gatilho pode ser acionado por algo que veem, cheiram, ouvem e assim por diante. Quando os gatilhos são “disparados”, as vítimas geralmente sentem sintomas semelhantes ao que vivenciaram na época em que sofreram abuso, o que pode incluir estar ciente demais de seus arredores, aumento da ansiedade, aumento da frequência cardíaca, suor, tremor, pânico ou a necessidade de se afastar dos outros.
O que você pode fazer:
Quando a vítima compartilha esses sentimentos com você:
Forneça a confirmação de que essas reações são reais e comuns.
Permita à vítima discutir suas necessidades nessas situações.
Demonstre que acredita nas necessidades da vítima.
Se um gatilho for acionado quando a vítima estiver com você
Reafirme à vítima que ela está em segurança.
Permita que ela saia, se sentir a necessidade de fazê-lo.
Dê à vítima um espaço maior; talvez precise que você saia e permita que ela lide com o gatilho.
As vítimas geralmente têm dificuldade para se sentir seguras física e emocionalmente. Criar um ambiente seguro para as vítimas pode ajudá-las a edificar a confiança e encontrar a cura.
Ao se reunir com a vítima, considere o seguinte:
Pergunte se gostaria que outra pessoa (da escolha dela) estivesse presente.
Pergunte se gostaria que a porta ficasse aberta.
Peça-lhe que se sente onde quer que lhe seja mais confortável.
Se a vítima pertencer à mesma congregação que o ofensor, lembre-se de que a segurança da vítima é mais importante. Pense no que você pode fazer para ajudar a vítima a se sentir segura ao participar de reuniões ou atividades da Igreja.
As vítimas podem precisar de muitas fontes de apoio ao trabalharem o processo de cura. Os bispos e outros líderes da Igreja podem consultar os Serviços Familiares, onde houver, sobre como melhor ajudar as vítimas e encontrar recursos disponíveis.
Ao ajudar as vítimas a obter apoio, considere o seguinte:
Ofereça-se para ajudar as vítimas a obter ajuda profissional.
Evite estabelecer prazos para a duração do aconselhamento. Esteja ciente de que o tempo de aconselhamento varia, dependendo das circunstâncias da pessoa.
(Somente para os bispos)
Se receber autorização, consulte regularmente o terapeuta da vítima.
Considere a possibilidade de cobrir o custo do aconselhamento profissional, independentemente da capacidade da vítima de pagar (o que pode ser coberto por meio dos recursos das ofertas de jejum).
(Alguns dos recursos relacionados a seguir não foram criados, nem são mantidos ou controlados por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Embora esses materiais se destinem a servir como recursos adicionais, a Igreja não endossa nenhum conteúdo que seja contrário a suas doutrinas e a seus ensinamentos.)
“Agency, Accountability, and the Atonement of Jesus Christ: Application to Sexual Assault”, Benjamin M. Ogles, devocional da Universidade Brigham Young, 30 de janeiro de 2018
“Jesus: The Perfect Leader”, Spencer W. Kimball
Reagir ao abuso: Esboço de instruções para as reuniões de conselho de estaca e ala
Adverse Childhood Experiences, childwelfare.gov
O abuso pode causar profunda dor emocional, pensamentos distorcidos e comportamentos doentios. Ao procurarem a cura, as vítimas precisarão tanto do poder de Jesus Cristo quanto de ajuda profissional. Seu apoio cristão pode ajudá-las a se curar.
Ao incentivar as vítimas a se voltarem para o Salvador e também procurarem ajuda profissional, essas cinco maneiras podem ajudá-lo a dar esse apoio:
Informar-se. Saber o que é abuso e como isso afeta as vítimas.
Compreender como a pessoa que sofreu abuso se sente. Com frequência, as vítimas de abuso ficam com a mente confusa, sentem-se indignas e envergonhadas.
Refletir antes de falar. A dor e o sofrimento vivenciados pelas vítimas geralmente são intensificados por comentários decorrentes de uma compreensão equivocada do abuso e de seus efeitos. Culpar a vítima ou fazer declarações do tipo “supere isso” ou “perdoe e esqueça” pode levar a vítima a sentir maior isolamento e vergonha em vez de encontrar cura e paz.
Ouvir e amar. Quando uma vítima confiar o suficiente em você a ponto de relatar suas experiências, ouça-a com amor e empatia. Resista ao impulso de repreender ou julgar.
Reconheça e valide os sentimentos. Assim como um ferimento físico, geralmente o abuso que é ignorado não se cura adequadamente. Ao reconhecer e validar os sentimentos da vítima (que pode estar triste, magoada ou assustada), você pode ajudá-la no caminho para a cura.
(Alguns dos recursos relacionados a seguir não foram criados, nem são mantidos ou controlados por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Embora esses materiais se destinem a servir como recursos adicionais, a Igreja não endossa nenhum conteúdo que seja contrário a suas doutrinas e a seus ensinamentos.)
“Esperança e cura: Apoiar vítimas de abuso sexual”, Nanon Talley, Liahona, 2017
“Uma ponte para a esperança e a cura”, Nanon Talley, Liahona, abril de 2017
“Abuso: Auxílio à vítima” (disponível para membros dos conselhos de ala e de estaca), providentliving.ChurchofJesusChrist.org
“Supporting Survivors”, NoMore.org
As vítimas precisam de alguém que acredite nelas e que lhes ofereça apoio com bondade e amor. Se você conhece alguém que está sofrendo abuso ou suspeita que isso esteja acontecendo, tome providências para protegê-lo e se ofereça para ajudá-lo. Isso pode incluir o envolvimento de autoridades civis, ajuda médica, terapeutas profissionais, líderes da Igreja e recursos da comunidade que apoiam as vítimas de abuso. Você também pode ajudar as vítimas a entender que elas podem encontrar a cura por meio do Salvador Jesus Cristo.
Este documento resume as atuais normas e diretrizes da Igreja sobre abuso. Todos os líderes do sacerdócio e das organizações da Igreja devem estar familiarizados e seguir as diretrizes para ajudar a proteger os filhos de Deus.
O termo abuso se refere a maus-tratos ou à negligência em relação a outras pessoas (como filhos ou cônjuge, idosos ou deficientes) de modo a causar injúria física, emocional ou sexual.
O abuso causa confusão, dúvida, desconfiança e medo nas vítimas e, às vezes, inflige danos físicos. A maioria das alegações de abuso, mas não todas, são verdadeiras e devem ser levadas a sério e tratadas com muito cuidado. O abuso tende a se tornar mais grave com o tempo.
O Senhor condena o comportamento abusivo em qualquer de suas formas — incluindo a negligência e o abuso físico, sexual ou verbal. A maioria dos abusos viola as leis civis da sociedade. (Ver a carta da Primeira Presidência: “Reagir ao abuso”, 28 de julho de 2008.)
As presidências de estaca e os bispados devem se certificar de que o que dizem sobre abuso tenha como base a doutrina da Igreja. Em especial, eles devem ensinar o seguinte:
A doutrina da Igreja requer que todos os líderes e membros protejam cada pessoa (ver Mateus 18:6; Efésios 5:25, 28–29; “A Família: Proclamação ao Mundo”, ChurchofJesusChrist.org).
O abuso em qualquer de suas formas é pecaminoso, trágico e totalmente contrário aos ensinamentos do Salvador (ver Doutrina e Convênios 121:37).
O Salvador oferece socorro, cura e força às vítimas de abuso por causa de Sua Expiação infinita e eterna (ver Alma 7:11–12; 34:10).
Aqueles que cometem abuso em qualquer de suas formas são responsáveis perante Deus (ver Doutrina e Convênios 101:78). O Pai Celestial e Seu filho oferecem perdão àqueles que cometeram abuso quando mudam de comportamento e se arrependem totalmente (ver Mosias 14:4–12; Doutrina e Convênios 58:42–43).
É fundamental que todos os membros entendam os princípios no documento “A Família: Proclamação ao Mundo”, os quais ajudarão a todos a evitar os males do abuso (ver Gordon B. Hinckley, “Salvai as crianças”, A Liahona, janeiro de 1995, p. 56).
Os líderes da Igreja devem fazer o seguinte para ajudar a evitar o abuso no lar:
Incentivar os casais e as famílias a viverem o evangelho em seu lar. Eles devem estabelecer padrões de bondade, respeito e comunicação aberta para que todos os membros da família se sintam à vontade para falar sobre assuntos delicados (ver “A Família: Proclamação ao Mundo”, ChurchofJesusChrist.org).
Incentive os pais a ensinar os filhos sobre informações e habilidades apropriadas à idade e maturidade deles, para que saibam o que fazer se confrontados com o abuso.
Apresente aos membros os recursos da Igreja.
Os líderes da Igreja devem seguir as seguintes diretrizes para ajudar a evitar o abuso na Igreja:
Uma pessoa não deve receber um chamado ou uma designação da Igreja que envolva trabalhar com crianças ou jovens se seu registro de membro não estiver na ala ou se houver uma anotação por maus-tratos ou abuso (ver Manual Geral, itens 38.6.2, 12.5.1).
Quando adultos forem ensinar crianças ou jovens na Igreja, pelo menos dois adultos responsáveis devem estar presentes. Os dois adultos podem ser dois homens, duas mulheres ou um casal (ver Manual Geral, item 12.5.1).
Quando não for prático ter no mínimo dois adultos na sala de aula, os líderes devem pensar na possibilidade de juntar classes.
Dois adultos, no mínimo, devem estar presentes em todas as atividades organizadas pela Igreja em que haja a participação de jovens ou crianças.
Quando um irmão participa de uma visita ministradora a uma mulher, ele deve ir com seu companheiro de ministração ou com sua esposa.
Quando o membro de um bispado ou da presidência de estaca, ou outro líder designado entrevistar uma criança, um jovem ou uma mulher, ele ou ela deve pedir a um dos pais ou outro adulto que fique na sala adjacente, na antessala ou no corredor, junto à sala da entrevista. Se a pessoa que está sendo entrevistada desejar, outra pessoa adulta pode ser convidada a participar da entrevista. O líder deve evitar todas as situações que possam ser mal-entendidas (ver Manual Geral, item 12.5.1).
Em atividades da Igreja com pernoite, uma criança ou um jovem não pode ficar na barraca ou no quarto de um líder adulto, a menos que esse adulto seja seu pai, sua mãe ou seu responsável legal, ou que haja pelo menos dois adultos do mesmo sexo que a criança ou o jovem na barraca ou no quarto (ver Manual Geral, item 12.2.1.3).
Se os líderes adultos e as crianças ou os jovens usarem o mesmo dormitório, como, por exemplo, uma barraca, é preciso que haja pelo menos dois adultos no local, e eles devem ser do mesmo sexo que as crianças ou os jovens (ver Manual Geral, item 12.2.1.3).
(Ver Manual Geral, item 38.6.2.1.)
Os líderes da Igreja e os membros devem seguir essas diretrizes em casos de abuso:
Nos casos de abuso, a primeira responsabilidade da Igreja é ajudar os que sofreram abuso e proteger as pessoas vulneráveis de futuros abusos. Os membros jamais devem ser incentivados a permanecer em um lar ou em uma situação abusiva ou insegura.
Os líderes da Igreja e os membros devem ser cuidadosos, compassivos e sensíveis ao lidarem com vítimas e agressores e suas famílias.
Os líderes da Igreja não devem ignorar um relato de abuso ou aconselhar um membro a não relatar atividade criminosa às autoridades de órgãos policiais.
Os líderes e os membros da Igreja devem cumprir todas as obrigações legais de denúncia de abuso a autoridades civis.
Os presidentes de estaca e os bispos devem ajudar os que cometeram abuso a se arrependerem e a abandonarem seu comportamento abusivo (ver Isaías 1:18; Doutrina e Convênios 64:7).
O aconselhamento profissional pode ser útil para as vítimas, os agressores e suas famílias. É quase sempre aconselhado em casos de abuso grave.
As presidências de estaca e os bispados devem apresentar essas informações nas reuniões de conselho de estaca e de ala. Os membros dos conselhos de estaca e de ala devem, então, debater sobre esse material em suas respectivas reuniões de presidência e de liderança e com outras pessoas, conforme necessário:
Os membros dos conselhos de estaca e de ala devem ensinar as mensagens-chave deste esboço e convidar os líderes adultos do sacerdócio e das organizações da Igreja ao debate. Como parte do debate, eles podem começar assistindo ao vídeo “Proteger a Criança: Como Agir em Caso de Abuso Infantil”, que se encontra em “Como ajudar”, na página Abuso da Biblioteca do Evangelho. Como essa informação é delicada, eles devem buscar a orientação do Espírito ao ensinar.
Muitas vezes, um relato de abuso será feito a um professor ou a um consultor de confiança. Os membros dos conselhos de estaca e de ala devem ajudar os líderes, os professores e os membros a tomarem as medidas adequadas de como evitar e agir em casos de abuso, inclusive denunciar o abuso às autoridades civis apropriadas.
As diretrizes a seguir ajudarão os líderes da Igreja a lidar com questões políticas e jurídicas relacionadas ao abuso:
Ligar imediatamente para a central de ajuda pelo telefone 1-800-453-3860, ramal 2-1911 para abordar situações envolvendo qualquer tipo de abuso.
Para diretrizes sobre como lidar com situações de abuso, os presidentes de estaca e os bispos devem consultar o Manual Geral, item 38.6.2.1.
Para diretrizes sobre como lidar com confissão, restituição, investigação e comunicação com vítimas prejudicadas e sigilo em casos de abuso, os presidentes de estaca e os bispos devem consultar o Manual Geral, item 38.6.2.2.
Para diretrizes sobre como lidar com ações disciplinares da Igreja em casos de abuso, os presidentes de estaca e os bispos devem consultar o Manual Geral, item 38.6.2.
Os líderes da Igreja não devem prestar depoimento em casos civis ou criminais quando se tratar de abuso sem antes consultar o Office of General Counsel [Departamento de Serviços Jurídicos] da sede da Igreja pelo telefone (1-800-453-3860, ramal 2-6301). Para orientações específicas, ver Manual Geral, item 38.6.2.1.
“Abuso (Auxílio ao ofensor)”, ChurchofJesusChrist.org
Gordon B. Hinckley, “Dignidade pessoal para exercer o sacerdócio”, A Liahona, julho de 2002, p. 58
Gordon B. Hinckley, “O que as pessoas estão perguntando a nosso respeito?”, A Liahona, janeiro de 1999, p. 82
Dallin H. Oaks, “A autoridade do sacerdócio na família e na Igreja”, A Liahona, novembro de 2005, p. 24
Richard G. Scott, “Como curar as devastadoras consequências dos maus-tratos e do abuso”, A Liahona, maio de 2008, p. 40
“Abuse: Help, Healing, and Protection” [Abuso: Ajuda, Cura e Proteção], Ajuda para a Vida, ChurchofJesusChrist.org
Cursos dos Serviços Familiares: Fortalecer o Casamento e Fortalecer a Família
Esse vídeo trata das responsabilidades dos conselhos da ala e do ramo para prevenir o abuso infantil.
Abusar é maltratar ou negligenciar outras pessoas (como crianças ou cônjuge, pessoas idosas ou deficientes ou qualquer outra pessoa) de tal maneira que cause danos físicos, emocionais ou sexuais. A principal responsabilidade da Igreja em casos de abuso é ajudar os que sofreram abuso ou maus-tratos e proteger os que possam se tornar vítimas de ataques futuros. Os líderes da Igreja e os membros devem ser cuidadosos, compassivos e sensíveis ao lidarem com as vítimas e suas famílias.
Em uma carta datada de 26 de março de 2018, a Primeira Presidência da Igreja incentivou os líderes da Igreja a estender a mão com amor para auxiliar as vítimas que sofrem abuso:
“Esta questão global continua a ser uma grande preocupação para nós hoje em dia. Nosso coração e nossas orações vão para todos os afetados por esse grave problema.
Para ajudar a garantir a segurança e a proteção de crianças, jovens e adultos, pedimos a todos os líderes do sacerdócio e das auxiliares que se familiarizem com as atuais políticas e diretrizes da Igreja sobre prevenção e como agir nos casos de abuso” (carta da Primeira Presidência, 26 de março de 2018).
Os líderes e os membros da Igreja devem cumprir todas as obrigações legais de denúncia de abuso a autoridades civis. Nenhum líder da Igreja deve dispensar um relato de abuso ou aconselhar um membro a não relatar atividade criminosa. Os bispos, presidentes de ramo e presidentes de estaca, devem ligar para o telefone de ajuda eclesiástica da Igreja toda vez que souberem de um abuso para que recebam auxílio ao ajudar as vítimas e atendam aos requisitos do relato. Entre no site counselingresources.LDS.org para o número da central de ajuda e outras informações.
Os líderes da Igreja e os membros também devem ajudar as vítimas, os agressores e suas famílias a encontrarem aconselhamento profissional ou outros recursos da comunidade, onde estiver disponível. Ao lidar com agressores, os líderes do sacerdócio devem ajudá-los a se arrepender, aceitar as consequências de seus atos e abandonar seu comportamento abusivo (ver Isaías 1:18; Mosias 26:29–32; Doutrina e Convênios 64:7).
Para os líderes da Igreja, examinem o seguinte vídeo em um conselho da ala ou da estaca:
(Alguns dos recursos relacionados a seguir não foram criados, nem são mantidos ou controlados por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Embora esses materiais se destinem a servir como recursos adicionais, a Igreja não endossa nenhum conteúdo que seja contrário a suas doutrinas e a seus ensinamentos.)
Para mais informações sobre como ajudar as pessoas afetadas pelo abuso, consulte os seguintes materiais:
“Abuso: Auxílio à vítima” (disponível para membros dos conselhos de ala e de estaca)
“Abuso: Auxílio ao agressor” (disponível para membros dos conselhos de ala e de estaca)
Reagir ao abuso: Esboço de instruções para as reuniões de conselho de estaca e ala
What Happens When You Report Someone to Social Services, WeHaveKids.com
Frequently Asked Questions about Child Abuse, FightChildAbuse.org
National Child Abuse Coalition: Prevent and Address Child Abuse
Observação: Não se espera e nem é incentivado que você identifique se uma pessoa está sofrendo com problemas relacionados ao abuso. Essas informações podem ajudá-lo a reconhecer quando a intervenção profissional é necessária.
Nem sempre é fácil reconhecer os sinais de abuso. Alguém que já sofreu ou que está sofrendo abuso, pode exibir vários sinais que indicam que algo está errado, mas o abuso pode estar acontecendo mesmo quando não há sinais externos. Além disso, os sinais que podem indicar abuso podem ser causados por outros problemas. Conversar com a vítima pode ser um bom primeiro passo para entender o que está acontecendo. Entretanto, as vítimas geralmente têm dificuldade para compartilhar que sofreram ou que estão sofrendo abuso. Se houver qualquer indicação de abuso, leia “O que devo fazer se souber ou suspeitar que uma pessoa está sofrendo abuso?”
Como filhos de Deus e irmãos e irmãs, temos a responsabilidade de estarmos atentos às necessidades e preocupações das outras pessoas e ajudá-las com amor. A irmã Bonnie L. Oscarson, que foi presidente geral das Moças, ensinou: “[Cuidamos] umas das outras, [zelamos] umas pelas outras, [nos consolamos] mutuamente e [apoiamos] umas às outras em todas as situações” (“Irmandade: Oh, como precisamos umas das outras”, A Liahona, maio de 2014, p. 119).
As vítimas de abuso geralmente apresentam mais de um sinal de alerta. Os sinais de abuso podem variar com base no tipo de abuso (sexual, físico, emocional ou verbal) e na idade da pessoa que está sofrendo abuso.
As vítimas de abuso podem apresentar os seguintes sinais de alerta:
Agir de forma diferente do normal
Apresentar um comportamento agressivo elevado
Ficar mais ansioso ou ficar na defensiva
Ter dificuldade para dormir ou ter pesadelos
Afastar-se ou não querer estar perto de outras pessoas
Perder interesse em atividades que antes apreciava
Apresentar lesões físicas inexplicáveis
Ficar mais temperamental (irritado, deprimido, triste) do que o normal
Ficar preocupado com sexo
Envolver-se em comportamentos nocivos (isso pode incluir autoflagelação, uso de drogas e comportamento sexual arriscado ou prejudicial).
Esses sinais, por si só, não indicam que a pessoa está sofrendo abuso. Para saber mais sobre como falar com uma pessoa que você suspeita que está sofrendo abuso, leia o artigo “O que devo fazer se souber ou suspeitar que uma pessoa está sofrendo abuso?”
Aprender sobre as emoções, os pensamentos e os comportamentos ocasionados por um trauma sexual pode ajudá-lo a reconhecer os sinais de abuso. Pode também ajudá-lo a entender e ter empatia pelas vítimas e incentivá-las a buscar ajuda. Embora a raiz dessas emoções, desses pensamentos e comportamentos seja o abuso, os efeitos podem ser vistos em muitas áreas da vida da vítima.
Sofre com insegurança e autoconfiança.
Sente vergonha.
Sente se confusa sobre sua identidade.
Sente raiva de si e de outras pessoas.
Sofre com culpa excessiva.
Sente medo e tem dificuldades para confiar em outras pessoas.
Sente dor o tempo todo; sente-se exausta.
Sente que todos estão olhando para ela e que sabem o que está pensando.
Tem depressão e ansiedade.
É indecisa.
Por que isso está acontecendo comigo?
Por que as pessoas não me amam?
Por que não consigo ser boa?
O que aconteceu comigo?
Por que eles não me deixam em paz?
Por que não posso ser como as outras pessoas?
Por que isso sempre acontece comigo?
Por que Deus ou alguém não acaba com isso?
De alguma forma eu causei isso.
Deve ser minha culpa.
Eu devo ser uma pessoa muito má.
Deve ter algo muito errado comigo.
Deus não me ama.
Meus pais não conseguem me amar.
Minha situação nunca vai mudar.
Não confia em seu próprio julgamento.
Acredita que o mundo seria melhor sem ela.
Não consegue acompanhar as outras pessoas.
Tem uma atitude indiferente.
Afasta-se de outras pessoas ou as critica.
Torna-se extremamente religiosa.
Tem dificuldade com autoridades, inclusive líderes da Igreja.
Desenvolve problemas médicos.
Tenta suicídio ou se envolve em autoflagelação.
Envolve-se em comportamentos sexuais prejudiciais; pode ter problemas sexuais no casamento.
Tem relacionamentos nocivos e permite que outras pessoas se aproveitem dela.
Geralmente assume a culpa; aceita a culpa e a responsabilidade.
Tenta ser perfeita.
Sente profunda compaixão por outras pessoas.
Preocupação excessiva com as necessidades de outras pessoas (incluindo familiares) acima de suas próprias necessidades.
Choram facilmente.
Querem e anseiam a atenção dos adultos, talvez até do agressor.
Evitam ou se mostram desinteressados ou excessivamente interessados em debates sobre sexo adequados à sua idade.
Têm muitos medos inexplicáveis.
Negligenciam os trabalhos escolares ou se envolvem excessivamente em trabalhos escolares, esportes ou outras atividades.
Mentem facilmente.
Rebelam-se contra os pais e contra os professores.
Fogem de casa.
(Alguns dos recursos relacionados a seguir não foram criados, nem são mantidos ou controlados por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Embora esses materiais se destinem a servir como recursos adicionais, a Igreja não endossa nenhum conteúdo que seja contrário a suas doutrinas e a seus ensinamentos.)
“Child Abuse”, Mayo Clinic
“Domestic Violence and Abuse”, Helpguide.org
“What Is Domestic Violence?” National Coalition Against Domestic Violence
“What Is Domestic Violence?” National Domestic Violence Hotline
“A Conversation on Spouse Abuse”, Ensign, outubro de 1999
“Warning Signs”, The Rape, Abuse & Incest National Network (RAINN)
“What Is Child Abuse and Neglect? Recognizing the Signs and Symptoms”, Child Welfare Information Gateway
“Elder Abuse”, National Institute on Aging
“What Is Abuse?” kidshealth.org
“Signs, symptoms, and effects of child abuse and neglect”, National Society for the Prevention of Cruelty to Children (NSPCC)
Você vai ter muitos sentimentos ao descobrir que seu filho sofreu abuso, incluindo choque, descrença, raiva e tristeza. É normal se sentir confuso em relação a quais necessidades se concentrar, principalmente se seu filho sofreu abuso por outro membro da família. Saber como atender às necessidades de todos pode ser angustiante. Sua primeira prioridade é cuidar das necessidades do filho que sofreu abuso. Sua segunda prioridade deve ser buscar ajuda para você mesmo e sua família. Se o agressor for um de seus outros filhos, ele ou ela também precisará de ajuda.
Lembre-se de se aconselhar em oração com o Pai Celestial e buscar a ajuda do Salvador, por meio de Sua Expiação. O Senhor convida a todos nós a achegar-nos a Ele, independentemente de nossas circunstâncias.
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para a vossa alma.
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28–30).
As crianças que sofreram abuso podem parecer que estão bem, e muitas até falam que estão bem. Podem agir como se o abuso não as tivesse afetado. As crianças podem querer não compartilhar que sofreram abuso por vários motivos. Isso inclui vergonha, evitar a dor ou o trauma, medo de ter problemas, medo do agressor, medo de prejudicar outras pessoas, falta de compreensão do que aconteceu ou está acontecendo, e a incapacidade de verbalizar a experiência. É importante levar em consideração que, se o agressor for alguém que conhecem ou com quem se importam, as crianças podem querer proteger o agressor das consequências. Não importa o que seu filho deseje, é importante fazer o seguinte assim que você descobrir o abuso:
Tome providências para proteger a criança de novos abusos.
Denuncie o abuso às autoridades civis. Prepare-se para compartilhar informações sobre o agressor, sobre seu filho, e qualquer informação sobre o abuso. É normal não ter as respostas para todas as perguntas feitas durante o relato. Coopere com as autoridades civis e conte a elas tudo o que souber. Isso ajudará a manter a criança em segurança.
Se uma criança está sofrendo abuso de outro membro da família (como um irmão ou o pai), afastar o agressor da casa pode ser a melhor opção.
Seu filho que sofreu abuso vai precisar de apoio, compreensão e garantia que estará protegido. Converse com seu filho sobre o que pode ajudá-lo a se sentir seguro e, na medida do possível, proporcione essas coisas a ele. Os líderes da Igreja, as autoridades civis e os terapeutas profissionais podem ajudá-lo a desenvolver medidas de segurança apropriadas.
Reafirme à criança que o abuso não é culpa dela; sofrer abuso não é pecado, e ela não precisa se arrepender. Ajude-a a saber que ela tem ajuda e apoio. Se possível, leve seu filho para ser avaliado por um terapeuta profissional que tenha experiência com crianças que sofreram abuso. O terapeuta pode avaliar o impacto que o abuso teve em seu filho e fornecer conselhos sobre como ajudá-lo a se recuperar.
Lembre-se, você não é responsável se seu filho sofreu abuso de alguém; a única pessoa responsável é o agressor. O aconselhamento profissional pode ser benéfico aos pais e a outros familiares da criança que sofreu abuso. Você também pode receber apoio espiritual e emocional dos líderes da Igreja. Certifique-se de reservar um tempo para se recuperar espiritual, emocional, social, física e intelectualmente.
Seja gentil consigo mesmo e com seus familiares. Descobrir que seu filho sofreu abuso pode causar tensão nos relacionamentos familiares. Continue as atividades que edificam o relacionamento com seus familiares. É normal os pais sentirem que as coisas nunca voltarão ao normal. Vai levar tempo, mas nunca perca a esperança. O Salvador Jesus Cristo, por meio de Sua Expiação pode ajudá-lo a se curar.
Se outro membro da família for o agressor, talvez seja necessário afastá-lo de sua casa. Embora isso possa parecer que a família está sendo desmembrada, a separação é um passo importante que pode levar à eventual cura de todos os envolvidos. Em algumas situações, a reunificação familiar pode ser possível por meio da ajuda de autoridades civis e terapeutas profissionais. Em outras situações, a reunificação familiar talvez não seja recomendada.
(Alguns dos recursos relacionados a seguir não foram criados, nem são mantidos ou controlados por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Embora esses materiais se destinem a servir como recursos adicionais, a Igreja não endossa nenhum conteúdo que seja contrário a suas doutrinas e a seus ensinamentos.)
“Why a Child May Sexually Harm Another Child”, Stop It Now!
“Help for Parents of Children Who Have Been Sexually Abused by Family Members”, Rape, Abuse & Incest National Network (RAINN)
“What to Do If Your Child Discloses Sexual Abuse: A Guide for Parents and Caregivers”, National Child Traumatic Stress Network (NCTSN)
“Coping with the Shock of Intrafamilial Sexual Abuse: Information for Parents and Caregivers”, National Child Traumatic Stress Network (NCTSN)
Se você souber ou suspeitar que uma pessoa está sofrendo abuso, faça uma denúncia às autoridades civis. Em seguida, ajude a pessoa a entrar em contato com outros recursos para proteção e cura, incluindo ajuda médica, os líderes da Igreja e terapeutas profissionais.
Seja cuidadoso, compassivo e sensível ao conversar com vítimas de abuso. Talvez elas não estejam preparadas para falar sobre o abuso de imediato. As diretrizes a seguir são mais úteis para falar com um jovem ou com um adulto que tenha a capacidade de descrever sua experiência. As crianças mais novas ou aquelas com menos habilidades físicas ou mentais talvez precisem de auxílio adicional para falar sobre suas experiências.
Ouça com atenção.
Pode demorar algum tempo para a vítima de abuso começar a contar sua história. É importante ser paciente e ouvir. Reafirme seu amor e respeito por ela. Se possível, vá a algum lugar seguro e confortável onde possam conversar. Fique calmo e ouça com atenção.
Não entre em pânico ou reaja exageradamente ao que a pessoa lhe contar. Isso pode fazer com que a pessoa pare de falar com você.
Leve a declaração a sério.
É raro um relato sobre abuso ser falso. Ao ouvir, não ignore ou tente diminuir o que a pessoa lhe contou. A pessoa pode estar com medo de lhe contar o que aconteceu, então seja compreensivo e solidário enquanto ela fala. Mostre empatia. Reafirme que foi preciso coragem para ela contar sobre o abuso e que você acredita no que ouviu.
No caso de abuso infantil, o agressor pode ter ameaçado a criança dizendo que danos físicos ou outras coisas ruins aconteceriam com ela se contasse a alguém sobre o abuso. Reafirme seu amor por ela e seu desejo de mantê-la segura e protegida.
Não culpe a pessoa nem sugira que o abuso foi de alguma forma culpa dela.
Lembre-se da história de José que foi vendido ao Egito. Ele teve um sonho de que seria o líder de seus irmãos. Quando ele contou a seus irmãos sobre o sonho, eles o odiaram por isso e mais tarde o lançaram em uma cova e o venderam como escravo (ver Gênesis 37). Apesar de José ter contado o sonho aos irmãos, não foi culpa dele que o tratassem daquela forma. José não fez nada de errado e não teve culpa.
A vítima de abuso pode se sentir culpada e responsável e acreditar que é culpada. Pode pensar que deveria ter sido mais inteligente e mais forte para parar ou impedir o abuso. Quando as crianças sofrem abuso, elas geralmente são seduzidas ou enganadas. Reafirme às vítimas que o abuso não foi culpa delas e que não fizeram nada de errado.
Procure ajuda.
Procure ajuda imediata de autoridades civis, serviços de proteção à criança, serviços de proteção de adultos, de um advogado para a vítima ou de profissionais da área médica. Esses serviços podem ajudá-lo a proteger a vítima e evitar abusos futuros. Ver a página “Em crise”, para mais informações.
Os líderes e os membros da Igreja devem cumprir todas as obrigações legais de denúncia de abuso a autoridades civis. Os bispos e os presidentes de estaca devem acessar o site counselingresources.org para obter mais informações.
Ajude a vítima a encontrar recursos.
A vítima pode precisar do auxílio de recursos externos e outros auxílios profissionais, incluindo autoridades civis, serviços médicos, serviços jurídicos, terapeutas profissionais e líderes da Igreja. Você pode se oferecer para ir com ela nesses lugares e para criar um plano para ajudá-la a ficar em segurança.
O bispo também pode oferecer recursos e apoio para lidar com o abuso e iniciar o processo de cura.
Se a vítima for menor de idade, incentive-a a falar com os pais ou responsáveis sobre o abuso, se ainda não o fez. Se um dos pais for o agressor, incentive-a a falar com o outro genitor ou com outro adulto de confiança que possa ajudar.
(Alguns dos recursos relacionados a seguir não foram criados, nem são mantidos ou controlados por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Embora esses materiais se destinem a servir como recursos adicionais, a Igreja não endossa nenhum conteúdo que seja contrário a suas doutrinas e a seus ensinamentos.)
“Talking to Your Kids About Sexual Assault”, Rape, Abuse & Incest National Network (RAINN)
“If You Suspect a Child Is Being Harmed”, Rape, Abuse & Incest National Network (RAINN)
“When Someone You Know Is Being Abused: Safety and Well-Being Tipsheet Series”, National Center on Domestic Violence, Trauma & Mental Health
“How to Help a Friend Who Is Being Abused”, womenshealth.gov
“Is Someone You Know Being Abused?” IRIS Domestic Violence Center
“Domestic Violence and Abuse: Recognizing the signs of an abusive relationship and getting help”, HelpGuide.org